Em entrevista ao Portal Terra,
Galvão Bueno falou da aposentadoria e do "Timão". Após aterrissar em solo nipônico na última segunda-feira
para acrescentar ao seu currículo a participação do sétimo time
brasileiro na competição intercontinental (não narrou apenas o Santos no
ano passado), o maior nome esportivo da TV Globo afirmou que dá risada de quem aposta em sua aposentadoria nas transmissões.
"Eu dou muita risada quando eu vejo que todo mundo fala da minha
aposentadoria, que já determinaram época, data e dia. Eu não pretendo
parar tão cedo", disse o narrador, que gerou suspeitas sobre o público
após encerrar sua participação na Copa do Mundo da África, em 2010,
dizendo que seu trabalho na edição, no Brasil, em 2014, do maior evento
de futebol mundial, seria como uma passagem de bastão.
"As pessoas não entenderam nada do que eu falei. Nada. Eu disse que,
como fiz 10 Copas do Mundo, todas elas fora do Brasil, já que na de 1950
eu nasci dias depois da Copa, o jogo de encerramento da Copa da África
do Sul foi um final de um ciclo. Eu disse que aquela era a última Copa
que eu me vejo fazendo fora do Brasil, porque muito provavelmente não
estarei narrando em 2018 na Rússia", explicou Galvão.
A reportagem, então, questiona até quando vai durar o ciclo Galvão
Bueno, razão de amor e ódio entre os telespectadores, mas,
definitivamente, um ícone da TV brasileira. "Não existe o ciclo do
Galvão. Existe o meu trabalho e enquanto eu imaginar que possa fazê-lo
de forma bem feita, com qualidade, eu continuo. Não existe data. Nem
nada", reforçou Galvão, que sim, já está com o bordão engatilhado na
garganta: "o Corinthians será o Brasil no Mundial de Clubes. E é claro
que isso vai gerar uma série de resposta", disse, nem um pouco
preocupado.
Ao lado de Casagrande e Arnaldo César Coelho, Galvão Bueno estará à
frente da transmissão de Corinthians x Al Ahly, às 8h30 (de Brasília)
desta quarta-feira. O narrador disse que, por mais que já tenha sido a
voz das participações de Flamengo, Grêmio, Cruzeiro, Internacional,
Palmeiras e São Paulo, "nunca vi mobilização igual a essa". "Como é que
chama este estádio aqui mesmo", questiona, dentro das dependências do
Estádio de Toyota, momentos antes da conferência de imprensa do técnico
Tite e do capitão Alessandro, nesta terça-feira. "Para mim isso aqui é o
Pacaembu", ri.
A legião de corintianos que tomou conta do Japão, e a intensa cobertura
de toda a imprensa brasileira, de longe, a que está em maior número em
solo japonês, na opinião do narrador, não traz pressão, mas "talvez por
essa mobilização da torcida, pela forma como tudo foi tratado, seja um
momento diferenciado".
"É uma responsabilidade, afinal de contas, é um clube representando um
país. Eu me sinto bem, me motiva, me sinto sempre bem quando faço um
tipo de jogo como esse. Você, momentaneamente, veste a camisa do time
que está encarando esse desafio", completou Galvão, que ainda fez duas
ponderações a cerca do debute corintiano no Mundial da Fifa diante dos
egípcios.
"Alguns pontos pesam: o time está em fim de temporada, está frio pra
caramba e tem a pressão da estreia que sempre é muito grande, com a
responsabilidade do favoritismo", avaliou. "Por outro lado, o time está
extremamente focado. Poucas vezes eu vi um time tão bem preparado para
um tipo de torneio de tiro curtíssimo. O mundo aguarda o Corinthians na
final", finalizou.
Fonte: Portal Terra