Descubra quais são os recursos e lendas que podem decretar o fracasso da nova plataforma da Microsoft antes mesmo dela ser lançada.
Estamos muito próximos de conhecer o Windows 8 Consumer Preview – versão que seria um Beta da mais recente plataforma. Com a disponibilização dessa edição, que deve aparecer na MWC 2012, ficaremos a um passo de conferir aquilo que realmente o Windows 8 tem a oferecer.
Mas será que o novo sistema operacional da empresa de Redmond vai atender às nossas expectativas? Ou ele não passará de mais uma “bomba” da Microsoft?
Os recursos inovadores prometidos formam uma longa lista. Contudo, tantas novidades podem pesar tanto para o lado positivo como para o negativo. Mudar demais, às vezes, pode causar estranheza e assustar as pessoas. Além disso, existe uma “lenda virtual” de que os SOs da Microsoft alternam entre edições boas e ruins.
Por esses e outros motivos, os quais nós resolvemos debater neste artigo de maneira mais bem-humorada, muitos entusiastas de tecnologia, defensores dos pinguins e comedores de maçã dão como certo o fracasso do Windows 8.
Um bom, outro ruim
Se você é um usuário de computador mais experiente e usa o Windows há muitos anos, já deve ter ouvido falar em uma velha história de que as versões dessa plataforma intercalam sistemas bons e ruins. Assim, se a edição passada obteve sucesso e conquistou o público, a próxima é garantia de decepção.
Embora isso seja encarado por muitos apenas como uma lenda, o histórico de lançamentos do SO está aí para reforçar esse “mito”. O Windows 98 surgiu como um sistema realmente inovador para a época e dominou o mercado. O Windows 2000 veio em seguida, mas não agradou tanto como seu antecessor.
Essa variação de qualidade fica mais evidente nas edições mais recentes. O próprio site da Microsoft, antes do anúncio da descontinuação do Windows XP, promovia páginas que incentivavam as pessoas a trocarem o XP pelo Windows 7 – jogando o Vista para escanteio sem qualquer remorso.
Se essa sina continuar, podemos esperar um fracasso do Windows 8, já que a versão anterior tem alcançado números expressivos de usuários e ótimas críticas. Tendo como base tal fato, supersticiosos, videntes e palpiteiros de plantão têm certeza que a nova plataforma irá entrar pelo cano.
Novidades demais?
Pelo o que temos acompanhado na mídia, entre rumores e informativos oficiais, a lista de novidades do Windows 8 é grande – são no mínimo 17 recursos novos ou reformulados relevantes. Entre eles, os que mais ganharam destaque foram a interface Metro, o Painel de Controle, o Gerenciador de Tarefas, a aparência do Windows Explorer e a Windows Store.
Sem dúvida, a parte que mais chama atenção nisso tudo é a renovação das interfaces do próprio sistema e do seu gerenciador de arquivos. Embora tenha resquícios do visual do Windows 7 em um de seus modos de uso, a mudança na aparência da nova seção da plataforma é drástica.
Por exemplo, o relato de que o botão Iniciar deixará de existir espantou muita gente. E não é por menos: com tantas alterações na sua interface, é bem possível que você se sinta mais perdido que cego em tiroteio ao ligar o Windows 8 pela primeira vez.
Outra notícia que gerou uma indignação generalizada foi a possibilidade da mais recente edição do SO não oferecer suporte para a personalização da Área de trabalho. Se isso se confirmar, você pode pegar todo o seu acervo de wallpapers, temas e protetores de tela e pressionar a tecla “Delete”.
O Internet Explorer 10 é outro recurso que causou estranheza para muitas pessoas. A forma de navegar com ele pode ser incômoda em um primeiro contato – apesar de ter sido desenvolvida para proporcionar uma experiência mais prática e imersiva. Confira aqui o que achamos do novo IE.
Não devemos esquecer que há algo ainda mais obscuro entre as ferramentas do Windows 8: a Microsoft poderá controlar todos os programas do seu PC remotamente. A empresa afirma que o mecanismo visa travar ações maliciosas ou softwares com falhas baixados da Windows Store, mas a hipótese mais aceita entre os populares é que os Illuminati estão infiltrados em Redmond.
Focado em telas sensíveis ao toque
A Microsoft deixou claro há muito tempo que um dos focos de desenvolvimento do Windows 8 são os aparelhos com telas sensíveis ao toque. Se levarmos em consideração que a empresa já possui um SO específico para smartphones, podemos concluir, sem muito esforço, que a ideia é usar a nova plataforma nos tablets – o novo aparelho “queridinho” do mercado.
Essa deliberada intenção da empresa em atingir uma fatia de mercado em ascensão faz com que alguns consultores acreditem que a nova plataforma seja irrelevante para computadores. De acordo com o relatório da IDC, o Windows 8 busca oferecer “o melhor de dois mundos”, sendo adequado tanto para PCs como para dispositivos portáteis.
Nessa tentativa de agradar a gregos e troianos, a Microsoft transformou o Windows 8 em um bom produto para tablets, mas ruim para computadores. Em meio a toda essa discussão, uma coisa é certa: você pode ir preparando o seu bolso, pois tablets com Windows 8 serão uma facada na sua carteira.
As especulações apontam preços que vão de US$ 599 (R$ 1.140) a US$ 899 (R$ 1.700), o que tornaria esses dispositivos mais caros que o iPad 2 – que custa a partir de US$ 499 (R$ 950) nos Estados Unidos.
Mais sobre o Windows 8
Como você deve ter percebido, este texto abordou as dúvidas e as desconfianças sobre o Windows 8 de uma maneira mais extrovertida. Brincadeiras à parte, não podemos sacramentar a ineficiência de um sistema sem ele ser finalizado. Você pode ter uma prévia do que poderá encontrar na nova edição da plataforma por meio do Windows 8 Developer Preview.