O presidente da Kirin Holdings, Senji Miyake, disse nesta sexta-feira que comprar a participação dos acionistas minoritários da cervejaria brasileira Schincariol é uma opção. "Nós gostaríamos de ter um bom relacionamento com os acionistas minoritários", comentou.
Na quinta-feira, a 1.ª Vara Cível de Itu (SP) aprovou parcialmente a liminar que pede a suspensão da venda de 50,45% da Schincariol para a Kirin. Os controladores da cervejaria, Adriano e Alexandre Schincariol, não poderão levar a frente o negócio, sob pena de terem de pagar multa de 100 mil reais.
A Kirin admite que tem havido oposição dos acionistas minoritários, mas afirma que está elaborando o acordo com o apoio de advogados locais e que o negócio não tem problemas do ponto de vista legal.
Nesta sexta-feira, o grupo japonês divulgou que lucro líquido no primeiro semestre subiu 150,56%, para 17,94 bilhões de ienes (228 milhões de dólares), ante 7,16 bilhões de ienes no mesmo período do ano passado. As vendas recuaram 0,9%, para 1,001 trilhão de ienes, devido ao fechamento temporário das suas unidades de produção e rede de distribuição após o terremoto e tsunami no Japão, em 11 de março. Mas o corte de custos permitiu que o lucro operacional aumentasse 22%, para 72,81 bilhões de ienes.
A Kirin disse que o resultado no segundo trimestre foi impulsionado por um grande aumento no lucro extraordinário, com a venda de ativos. A companhia reduziu suas metas para o ano comercial (que termina em 31 de dezembro), citando a queda nas vendas após o terremoto e uma deterioração no cenário empresarial na Austrália.
"Nós vamos fortalecer ainda mais nosso controle de gastos e planejamos crescer no próximo ano comercial", afirmou o presidente Miyake. A previsão de lucro foi reduzida de 58 bilhões de ienes para 52 bilhões de ienes, enquanto a previsão de vendas passou de 2,140 trilhões de ienes para 2,110 trilhões de ienes.
Fonte: Veja
(Com Agência Estado)
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