Segundo o relatório "Trabalhando para o clima: energias renováveis e a revolução dos empregos verdes", realizado pelo Greenpeace em parceria com o Conselho Europeu de Energia Renovável (EREC, na sigla em inglês) e lançado na Austrália, 8 milhões de empregos podem ser gerados no mundo se, em dezembro, na Conferência do Clima em Copenhague, for fechado um forte acordo de redução das emissões dos gases que provocam o aquecimento global.
No Brasil, cálculo que cruza dados das associações do setor com o cenário de expansão da energia renovável no país, traçado no relatório Revolução Energética, lançado pelo Greenpeace em 2007, aponta para a criação de 600 mil novas vagas. As maiores contribuições virão da geração de energia por biomassa seguida pela energia eólica, com 190 mil e 150 mil novos postos de trabalho, respectivamente.
"Estes números só serão possíveis se for criado um ambiente propício ao desenvolvimento de algumas de tecnologias no Brasil, especialmente em relação ao às energias eólica e solar", diz o coordenador da campanha de energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo. "O que depende de políticas públicas e da criação de um marco regulatório estável que estimule a pesquisa e o desenvolvimento das energias renováveis, além de estimular a criação de um mercado produtor capaz de fabricar localmente os equipamentos necessários e de exportá-los, no médio e longo prazos."
No mundo
A substituição do carvão por eletricidade gerada a partir de fontes renováveis, por exemplo, não só evitará a emissão de 10 bilhões de toneladas de gás carbônico, como irá gerar cerca de 2,7 milhões mais empregos até 2030 do que criaria a indústria carvoeira.
"Os líderes globais podem enfrentar as crises gêmeas - econômica e climática - com investimentos em energias renováveis", diz Sven Teske, especialista em energia do Greenpeace Internacional e coordenador do estudo. "Para cada emprego perdido na indústria do carvão, a revolução energética cria três novos postos de trabalho no setor de energia renovável. Podemos escolher empregos verdes e crescimento ou desemprego e colapso ambiental e social."
Fonte: As Boas Novas