Eles estão em toda parte: revistas, cartões de visita, painéis publicitários na rua e até em caixas de cereal. São quadrados, sempre pintados de preto e branco e cheios de informação para transmitir a quem está com o celular nas mãos. São os QR Codes, espécie de código de barras que pode ser lido pela maioria dos celulares com câmera fotográfica. Desde 2003, esse tipo de tecnologia tem sido usada para fazer a ponte entre uma comunicação off-line e um conteúdo on-line. Porém, por conta do visual padrão para todos os códigos, muitas marcas acabaram abandonando esse tipo de comunicação por não terem um design exclusivo.
Foi pensando nisso que, em 2006, a SET, uma agência de design e criação visual corporativa do Japão, resolveu dar outra cara para os quadradinhos preto e branco. Nasceu então, o designer QR Code. A proposta é continuar utilizando o mesmo sistema de leitura do código tradicional, mas com um visual moderno, personalizado e divertido. O que antes era apenas um quadrado com pontinhos aglomerados e monocromáticos, agora pode ser um escudo, uma bola de futebol, um logotipo estilizado e até um desenho detalhado. Com isso eles voltaram a ser desejados por marcas dos mais variados setores.
Hoje, muitas outras agências de design estão inovando e oferecendo códigos personalizados e exclusivos para seus clientes. As figuras estão se tornando tão inovadoras que acabaram sendo consideradas peças de arte. A SET, pioneira nesse modelo, lançou um catálogo em formato de livro para mostrar os mais criativos QR Codes criados por eles. Além disso, um grupo de blogueiros que já se dedicava a falar sobre os códigos no Qrazystuff, criou outro blog, totalmente dedicado ao novo modelo de códigos, que eles chamam de a primeira galeria de Designer QR Code do mundo, e concentra centenas de trabalhos de profissionais de diversos países.
Mas será que funciona?
Depois de se deparar com um dos novos modelos de QR Code a primeira coisa que vem à mente é: será que funciona? Sim! Eles são bonitos, descolados e, ainda assim, úteis. Isso acontece porque os códigos podem ser criados com até 30% de taxa de correção, ou seja, mesmo que apresentem imagens que não são lidas pelo celular, como logotipos, letras ou figuras, o leitor corrige essa interferência e enxerga só o que é legível.
Fonte: As Boas idéias