Estava tudo tranquilo: depois de fazer 2 a 0 com pleno domínio do
jogo, o Brasil chegou a ter dois matches points, mas os desperdiçou,
permitiu a reação da Rússia e perdeu a final do vôlei masculino nos
Jogos Olímpicos de Londres por 3 sets a 2, parciais de 25-19, 25-20,
27-29, 25-22 e 15-09.
Com isso, o técnico Bernardinho acumula a segunda prata seguida em
Olimpíadas. Depois de vencer Atenas 2004, o técnico foi derrotado pelos
Estados Unidos em Pequim 2008. Desta vez, porém, foi mais doído, já que
contra os americanos os brasileiros foram dominados durante a partida
quase inteira.
O vacilo ainda custou ao Brasil um feito: se os homens tivessem
vencido, o País igualaria as seleções da União Soviética de Cidade do
México 1968 e em Moscou 1980 como campeãs tanto no vôlei masculino como
no vôlei feminino. Em Pequim 2008, o País havia chegado perto do feito,
mas a equipe masculina também perdeu.
Depois de tomar a virada na terceira etapa, Dante sentiu uma lesão no
joelho e Bernardinho precisou colocar Giba em quadra no quarto set. O
experiente jogador, porém, foi muito mal e não demorou a ser substituído
por Thiago Alves. Porém, de nada adiantou e o Brasil não só perdeu esta
etapa como também no tie-break, quando Dante voltou no sacrifício. Mas
não deu: o gigante Dmitriy Muserskiy, que marcou 31 pontos, brilhou na
etapa decisiva e garantiu a virada.
É preciso também ressaltar o nó tático que o técnico Vladimir Alekno
deu em Bernardinho a partir da terceira parcial, mudando Muserskiy da
posição de central para oposto - antes da alteração, ele havia feito
somente quatro pontos.
Desta forma, os homens russos vingam o time feminino, que desperdiçou
seis match points contra o Brasil nas quartas de final em Londres 2012 e
acabou eliminado. Este é o primeiro título da Rússia no vôlei desde o
fim da União Soviética, em 1991. Curiosamente, a equipe havia sido
derrotada pelos brasileiros por 3 a 0 na primeira fase da competição na
Inglaterra.
O jogo ainda marca a despedida do time nacional diversos nomes importantes desta geração, como Giba, Serginho e Rodrigão.
Esta é a quinta prata do Brasil em Londres 2012, que ainda soma três
ouros e oito bronzes, contabilizando 16 medalhas, o maior número que o
País já conquistou na história dos Jogos.
Fonte: R7