De acordo com análise publicada pelo Portal Exame, o frigorífico Marfrig é, hoje, o exemplo mais visível de como o crescimento desordenado pode atrapalhar uma empresa. Nos últimos cinco anos, o grupo comprou 22 empresas, o que multiplicou seu faturamento por 10 e o transformou no terceiro maior processador de carnes do mundo - no caminho, o ex-açougueiro paulista Marcos Molina se tornou um dos empresários mais poderosos do País.
O problema, para Molina e para o Marfrig, é que o preço a pagar por esse crescimento todo foi altíssimo. Após a série de aquisições, Molina estava com uma dívida de 7,8 bilhões de reais para pagar. Os investidores, assustados com a conta, fugiram. Hoje, o Marfrig vale 40% menos do que no dia de sua abertura de capital, em 2007.
Diante disso, Molina decidiu que uma reversão era necessária. Segundo mostra um documento obtido com exclusividade pela revista Exame, ele contratou o banco de investimento Itaú BBA para vender a fundos de investimento 40% da Seara, a unidade de alimentos processados da companhia. Com o negócio, quer levantar 2 bilhões de reais. E, ao fim do processo, tornar o Marfrig menos endividado e mais saudável.
A busca por um sócio é o verdadeiro motivo por trás do recente anúncio de reestruturação feito pelo Marfrig. No dia 27 de fevereiro, foi detalhada a separação entre a unidade de carne bovina (ou seja, o frigorífico) e a de alimentos processados.
Esta última, que inclui a marca Seara, a Keystone, a Moy Park e as operações compradas da Brasil Foods no fim do ano passado, dará origem à Seara Foods, e é uma fatia dela que está à venda. Segundo cálculos que fazem parte da proposta do Itaú BBA, os negócios que integram a nova empresa geraram receitas de 14,7 bilhões de reais em 2011, 67% do total do grupo.
Fonte: Supermercado Moderno
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