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21 de fevereiro de 2012

Copa do Mundo: Estádios Brasileiros Contarão com Tecnologia Ecoeficiente


O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha pode ser o primeiro na história a receber o certificado máximo internacional das construções sustentáveis. Esse reconhecimento é importante já que o Brasil se dispôs a reformar as instalações esportivas que vão hospedar a Copa do Mundo de 2014, com o objetivo de proporcionar um evento mais sustentável ao país.

Atualmente, a FIFA tem uma cartilha especial de recomendações relacionadas a sustentabilidade, chamada “green goal”, ou meta verde. O conceito surgiu pela primeira vez no futebol em 2005, quando o Comitê Organizador Alemão lançou seu programa ecológico para a Copa do Mundo de 2006. Na África do Sul a FIFA investiu 400 mil euros em um projeto de compensação de emissões de CO2. O sistema de geração de eletricidade utilizava o gás proveniente do tratamento de esgoto.


Aqui no Brasil a decisão de incluir práticas sustentáveis no projeto da Copa de 2014 veio em 2009 com o Plano Copa Verde, que tinha como objetivo minimizar o impacto ambiental do evento. O economista americano Ian McKee e o arquiteto brasileiro Vicente de Castro Mello, responsáveis pelo plano, apostaram na construção de EcoArenas (estádios sustentáveis). A meta é virar referência mundial para outros eventos esportivos.

Os estádios sustentáveis

Em Brasília, o Estádio Mané Garrincha é exemplo do sucesso dessa iniciativa. O projeto está usando materiais recicláveis e reciclados na construção. Até mesmo o que sobrou do estádio antigo está sendo reaproveitado. Além do que, a arena será capaz de gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de mil residências por dia. É por isso que na semana passada a Secretaria de Comunicação Social do Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou que o estádio receberá o selo Leed Platinum, como reconhecimento internacional das iniciativas ecoeficientes implementadas na edificação.

A certificação Leed pode ser concedida a construções de qualquer porte já que os edifícios são avaliados pelo conjunto de soluções implementadas – eficiência hídrica, design ecoeficiente e utilização de energia renovável, etc. – e não pelo seu tamanho.

No Rio de Janeiro, o Maracanã está prestes a se tornar referência na produção de energia limpa. Até 2014 o estádio terá placas fotovoltaicas em toda a superfície que cobre as arquibancadas (2,5 mil metros quadrados). O projeto será financiado por duas empresas de energia: a Light, que coordena a produção e distribuição no Rio de Janeiro, e a EDF (Eletricité de France). As placas, quando instaladas serão capazes de gerar 670 mil kW/h por ano. Isso é o suficiente para suprir a demanda de 240 residências.

Mas a iniciativa não para por aí. Na Bahia, Curitiba, Minas Gerais, Natal e Fortaleza, projetos de reforma estão revitalizando os estádios que serão as sedes da Copa. Até 2014 esperamos que mais estabelecimentos brasileiros possam receber os selos Leed.  O Brasil está mostrando que é possível juntar o útil e agradável ao sustentável. No ano da Copa Verde temos a chance de fazer um gol em prol da sustentabilidade.
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