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14 de julho de 2011

Conferência Mundial De Economia - Sustentabilidade Em Foco


   Mais produtos da floresta para alimentar a população do planeta, com sustentabilidade, e menos crédito de carbono. Essa foi uma das linhas mestras da Conferência Internacional de Economia Verde (Lige) realizada durante dois dias (29 e 30 de junho), no Tropical Hotel, na Ponta Negra.

O entendimento de especialistas como Dan Biller, economista chefe do Departamento de Desenvolvimento Sustentável para Ásia/Sul, do Banco Mundial, é de que as culturas regionais da Amazônia,
como o açaí e pirarucu, por exemplo, entre as outras existentes, é que devem pautar o desenvolvimento sustentável regional.

“A floresta é rica em tradição e conhecimentos, e o que tem que ser feito é viabilizar recursos financeiros, tecnologia e assistência técnica para que os ribierinhos e demais povos desenvolvam a economia sustentável, com respeito a biodiversidade”, destacou.

Com empréstimos da ordem de US$ 8 bilhões para países como a Índia, Nepal, Butão, Sirilanka, Bangladesh, Paquistão, Afeganistão e Ilhas Maldivas, o economista brasileiro Dan Biller é responsável por projetos de diversas naturezas, mas todas relacionadas ao desenvolvimento sustentável em áreas críticas do planeta. “Na Índia, mais especificamente no Delta do Ganges, onde vivem milhares de pessoas, temos projetos nas comunidades rurais locais. Trata-se de uma atividade com muitas dificuldades, mas com valorização dos conhecimentos regionais, o mesmo desenvolvemos nos demais países sob a nossa responsabilidade”.

Várzea
Biller destacou que na Amazônia, mais diretamente na várzea, há uma riqueza extraordinária, que pode fornecer alimentos orgânicos em escala mundial, mas que tem que haver assistência técnica e liberação de recursos de diversos organismos, dentre eles o Banco Mundial, que já atua fortemente no Brasil. “Trata-se de uma das áreas mais ricas em sedimentos oriundos dos grandes rios, dentre eles o Amazonas”.

Ele frisou também que nos Estados Unidos já existe uma aceitação pelo açaí, que, por suas propriedades energéticas, começa a movimentar o mercado local. “O açaí começou nas comunidades das academias de ginástica,mas hoje está em outras áreas da sociedade norte-americana. Além do marketing do produto, os amazônidas têm que fazer divulgação dos benefícios sociais que esta cultura tem produzido nas comunidades da floresta, trata-se da sociobiodiversidade”.

Riqueza
O diretor presidente do Idam, Edimar Vizolli, disse que os produtores rurais do Amazonas são responsáveis por 5,6% do Produto Interno Bruto do Estado e que em 2011 serão repassados aproximadamente R$ 85 milhões de créditos, para melhorar a cadeia produtiva e aumentar a participação na riqueza gerada regionalmente pelo setor primário.

Segundo ele, as parcerias com a Embrapa, Inpa, Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS) e instituições financeiras como Banco do Brasil, Basa e Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), tem contribuído para gerar mais receita e tecnologia nas áreas mais afastadas da Amazônia. “Sustentabilidade tem que vir acompanhada com geração de renda, assistência técnica, ciência e financiamento, do contrário, a floresta sofrerá com devastação”, pontuou.

Com 539 especialistas, sendo 393 de nível médio e 146 com nível superior (engenheiros florestais, de pesca, agrônomos, veterinários, entre outros), distribuídos em 66 escritórios em todos os municípios amazonenses, o Idam tem sido a principal referência do desenvolvimento sustentável do Estado. A meta para 2011 é conseguir crédito para 22 mil produtores. Em 2010, 10.500 produtores receberam R$ 58 milhões.
Fonte: A critica

Indo de encontro a essa informação me deparo com uma homenagem ao agricultor desenvolvida pela Basf e muito bem feita por sinal, que indica que o Brasil abandona o patamar de importador e assume seu papel de exportador de riquezas (pelo menos as agricolas) e  o melhor disso é que não aumentaram tão significativamente as áreas de plantio, aproveitando assim mais do solo.  


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