Especial: Record fará mega cobertura exclusiva das Olimpíadas de Londres 2012
De
olho no crescimento da audiência de grandes eventos esportivos, a
emissora investe US$ 100 milhões na cobertura dos Jogos de Londres
Entre
os dias 25 de julho e 12 de agosto, 10,5 mil atletas enviados por 190
países vão se exibir para uma audiência televisiva global estimada em 5
bilhões de pessoas. Os Jogos Olímpicos de Londres, maior evento
esportivo do planeta (a Copa do Mundo da África do Sul, em
2010, foi vista por “apenas” 3,2 bilhões de telespectadores), não
impõem desafios somente para os competidores. Para as emissoras de tevê,
a cobertura significa também a oportunidade de fazer
história – seja com imagens espetaculares, seja com inovações
tecnológicas ou entrevistas com os atletas estelares. No caso
brasileiro, essa observação é ainda mais verdadeira. Depois de superar a
Globo na briga pelos direitos televisivos, a Record será, pela primeira
vez, responsável pela transmissão de uma Olimpíada. “A exclusividade na
transmissão por tevê aberta mostra a confiança dos executivos do Comitê
Olímpico Internacional no nosso trabalho”, diz Alexandre Raposo,
presidente da Rede Record.
Para
a Record, os Jogos de Londres representam uma chance de ouro na disputa
direta com a Globo pela liderança da tevê brasileira. Nos últimos anos,
a audiência de eventos esportivos cresceu mais do que qualquer outro
tipo de programação.
A
própria experiência recente da Record é exemplo disso. Graças à
transmissão exclusiva dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em
setembro de 2011, a emissora teve um crescimento de 7% de sua audiência
no horário nobre.
Nos
Jogos de Londres, a expectativa é de uma performance ainda melhor. Isso
explica a operação de guerra montada para a cobertura da Olimpíada.
Além dos US$ 30 milhões investidos na compra dos direitos de
transmissão, a emissora vai desembolsar outros US$ 100 milhões em seu
projeto olímpico.
O
estúdio que está sendo preparado nas dependências do IBC, centro de
imprensa localizado dentro da Vila Olímpica, tem 750 metros quadrados e
330 profissionais serão enviados à Inglaterra, entre jornalistas,
comentaristas e técnicos especializados. Vice-presidente artístico e de
produção da Record, Honorilton Gonçalves explica as razões dos altos
investimentos feitos para a transmissão da Olimpíada. “A programação
esportiva é fundamental para o crescimento e a consolidação de uma
emissora, completando com o jornalismo e o entretenimento um tripé de
sucesso.”
A
Record enviou para Londres, de navio, 35 toneladas de equipamentos, a
maioria deles comprados especialmente para o evento, como o telão
interativo touch screen. Com ele, os apresentadores poderão acessar
recursos de vídeo e análises gráficas com detalhes das competições. Já
as câmeras robóticas servirão para mostrar ao público os bastidores da
convivência dos atletas brasileiros na Vila Olímpica. “Colocaremos uma
unidade móvel no centro de treinamento dos atletas com câmeras sem fio,
conectadas via fibra ótica, para termos boletins constantes de como eles
estão antes e depois das competições”, diz José Marcelo Amaral, diretor
de operações e engenharia. A apresentadora Mylena Ciribelli – que
embarca para a sua primeira Olimpíada – espera receber os atletas nos
estúdios do seu “Esporte Fantástico”, atração até então semanal mas que
terá apresentação diária durante o evento. “Vamos recebê-los quando suas
competições terminarem, para não atrapalhar a concentração”, afirma
Mylena. “Teremos também reportagens feitas nas próprias arenas
esportivas para captar as impressões de tudo o que se passa na hora
decisiva.” Os Jogos de Londres trouxeram para Mylena uma conquista
pessoal. Ela foi escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional para
representar o Brasil na corrida da tocha que leva o fogo olímpico da
Grécia para a Inglaterra, o que prova a importância da emissora na
competição deste ano.
Segundo
a Record, a ideia é abrir espaço para todas as provas e não apenas para
aquelas mais afeitas ao público brasileiro. “Vamos mostrar modalidades
pouco divulgadas no País com a convicção de levar ao telespectador o
espírito esportivo que abastece os atletas em uma competição como essa”,
diz Douglas Tavolaro, vice-presidente de jornalismo. A exceção será o
futebol que, inevitável em um País como o Brasil, terá dedicação
exclusiva. A Record preparou uma cobertura especial para acompanhar os
passos do time comandado pela craque Neymar, peça-chave no sonho
brasileiro de conquistar seu primeiro ouro olímpico no futebol. “Teremos
duas unidades móveis que farão transmissões via satélite, uma sediada
no hotel da Seleção e outra itinerante, que cobrirá os jogos diretamente
dos estádios”, diz o diretor de engenharia José Amaral. “Uma outra
unidade móvel fará cobertura de Londres para mostrar o comportamento das
torcidas e fatos extracompetição.”
Um
dos pilares do jornalismo na emissora é a apresentadora Ana Paula
Padrão, que também é colunista de ISTOÉ. Experiente em eventos desse
porte (ela cobriu os Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000, e os Jogos de
Inverno de Vancouver, em 2010), Ana Paula dá sua receita para uma boa
transmissão: “Haverá dezenas de coisas acontecendo ao mesmo tempo, então
é preciso fazer o dever de casa”, diz. “Não é fácil saber um pouco
sobre cada esporte e sobre a história de cada atleta. O jeito é estudar
muito.” Além de levar suas estrelas do jornalismo, a Record também
apostou na contratação de comentaristas, a maioria deles atletas
consagrados como o cestinha Oscar Schmidt, o campeão do mundo Romário e o
medalhista olímpico da natação Fernando Scherer.
Todos eles vêm
enfrentando uma maratona de preparativos. “Todos os dias eu comento oito
provas variadas como se estivesse ao vivo, para quando chegar na hora
não perder sequer um lance”, diz Scherer, que usa imagens gravadas do
último Mundial de Natação para aflorar sua veia de comentarista. “Eu
entendo do esporte, agora a questão é me adequar no padrão de
comunicador.” A Record também contratou uma fonoaudióloga para treinar
seu time de comentaristas e jornalistas – além de aulas particulares, a
especialista dá palestras com dicas de pronúncia e linguajar adequado.
Independentemente
do desempenho brasileiro em Londres, a Record já garantiu a vitória na
disputa por exclusividade em pelo menos mais dois eventos futuros: os
Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, e os de 2019, com sede ainda
indefinida. Os Jogos Olímpicos de Inverno, em 2014, e a Olimpíada do Rio
de Janeiro serão compartilhados com outras emissoras, mas também
estarão no quadro de medalhas da Record. Trata-se da prova definitiva de
que esporte traz audiência – e, claro, lucro para as emissoras.
Edição de conteúdo Lucas Gorges com infomações do Portal da Imprensa