De acordo com estudo da e-Bit, empresa especializada em informação de e-commerce, o internauta da classe C está pegando gosto pelo comércio eletrônico. As lojas virtuais ganharam 9 milhões de novos consumidores em 2011, sendo 61% deles pertencentes a esta classe social, que possui renda média familiar de R$ 4,1 mil.
A principal diferença entre estes compradores e os das classes A e B é o tempo que eles levam para se decidir pela compra. “O internauta de menor renda pede opinião da família, pesquisa preços nas lojas físicas e só depois toma uma decisão”, diz Cristina Rother, diretora de negócios do e-Bit. Isto não quer dizer que o cliente mais abastado compre sem pesquisar o valor do produto na concorrência.
“O internauta da classe C demora mais para tomar a decisão porque o orçamento é apertado e ele não pode errar”, afirma Cristina. Em 2011, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 18,7 bilhões, alta de 26% em relação ao ano anterior. O montante ficou abaixo da meta inicial, que previa aumento de 30%. “O ano foi impactado pela crise europeia e por algumas greves, como as dos Correios e dos bancos, responsáveis por emitir boletos de pagamento”, diz Pedro Guasti, diretor geral do e-Bit.
Entre as categorias mais vendidas estão eletrodomésticos, com participação de 15%, seguida por informática, 12%, e eletrônicos, 8%. O grupo que reúne produtos de saúde e beleza, além de medicamentos aparece em quarto lugar, com 7% dos pedidos. A surpresa ficou para a categoria de moda e acessórios, a qual tirou os livros da quinta posição, com 7% dos pedidos.
“A categoria era pouco procurada devido à falta de padronagem dos produtos. Esta questão está sendo resolvida pelos varejistas ”, diz Guasti. Nos próximos dois anos, não devem ocorrer mudanças significativas entre as três primeiras colocações. Para 2012, a expectativa é que o segmento cresça 25%, registrando vendas de R$ 23,4 bilhões. Só o primeiro semestre deve responder por 45% deste total.
Fonte: Supermercado Moderno