Com uma aumento significativo em relação a consciência ambiental no mundo, se da origem a um novo tipo de consumidor chamado de ecológico, que se define como “comportamento do consumidor consciente, manifestando suas preocupações ambientais, tornando-se um novo paradigma, fazendo com que as empresas se adaptem ao novo consumidor” (REINALDO DIAS, 2006, p. 139).
A gestão da responsabilidade social, citada no livro Gestão Socioambiental “Responsabilidade e Sustentabilidade do Negócio”, (2009, p. 19-21), descreve que só se concretizará se houver envolvimento e esforço dos responsáveis que se encontram nos diversos setores da empresa. Desta forma, proporcionando inovações e desafios em cada área distinta da empresa, entre elas:
a-) Área de Compras: pode induzir novos comportamentos socioambientais por parte dos fornecedores, para isso, deve preocupar-se com a procedência e composição da matéria prima, analisar alternativas e produtos recicláveis ou de menos impacto ambiental; selecionar os fornecedores e distribuidores ambientalmente corretos e com preocupação em relação à contratação de mão de obra infantil; fazer pesquisas internas para avaliar fornecedores com base em critérios em responsabilidade social, incluir entre os fornecedores grupos comunitários locais.
b-) Área de Marketing: deve, junto aos clientes e a sociedade refletir os compromissos assumidos pela empresa, portanto é obrigatório a criação de um canal direto de comunicação com o consumidor (ouvidoria, serviços de atendimento de dúvidas, reclamações), manter as informações dos clientes seguras, sempre realizando campanhas de mídia relacionada a questões de interesse público como por exemplo a utilização de embalagens como fonte de informação ao consumidor, orientando e educando a respeito do consumo além de utilizar nos produtos e embalagens o Eco design.
O artigo no site da revista EXAME, escrito por Letícia Colombini (2005) relata o ecodesign como “uma exigência ambiental em toda etapa do desenvolvimento do produto,deste a concepção até seu descarte final”, tendo como ideia elaborar um produto que consuma menas matéria prima e gere menos lixo, sem perder sua funcionalidade.
Afirmando que as empresas vêm procurando adotar o eco design como maneira sustentável. A empresa PHILIPS, no artigo citado relata como aderiu ao eco design.
[...]a empresa percebeu que questões como o ecodesign deverão ser cada vez mais valorizadas por consumidores mais conscientes. “Queremos nos antecipar a demandas prementes da sociedade, adaptando nosso negócio a elas”diz Marcos Magalhães presidente da Philips do Brasil.
A ordem na empresa é que nenhum produto seja idealizado, produzido ou comercializado sem levar em conta os possíveis danos ao meio ambiente.Essas diretrizes foram determinadas pela matriz holandesa - - por meio de um programa denominado ECO Vision - - e estão inspirando as subsidiárias a encontrar novas maneiras de criar. (LETÍCIA COLOMBINI, 2005).
Outro fato a ser levado em consideração é a questão das empresas abordarem o marketing como uma necessidade de mudança como comenta Jacquelin A. Ottman (1994, p. 56)
[...] não é suficiente falar a linguagem verde; as companhias devem ser verdes. Longe da questão de apenas fazer publicidade que muitos comerciantes perceberam originalmente, abordagem satisfatória de preocupação ambiental requer um esverdeamento completo que vai fundo na cultura corporativa. Somente por intermédio da criação e implementação de políticas ambientais fortes e profundamente valorizadas é que a maioria dos produtos e serviços saudáveis podem ser desenvolvidos. É só por meio da criação de uma ética ambiental que abranja toda a empresa que estratégias de marketing podem ser executadas.
A revista EXAME, em sua edição de maio de 2010 publicou o novo trabalho de Philip Kotler. Mais conhecido como o guru do marketing, professor da escola de negócios Kellogg e autor de vários livros lidos por várias gerações de estudantes, descobre a sustentabilidade. Seu novo livro “ Marketing 3.0”, foi lançado no Brasil no dia 3 de maio de 2010, nele Kotler trabalha seu novo conceito de que [...] estamos em um novo mundo, cada vez mais rico e informado, onde a preocupação das pessoas em relação aos processos ambientais e sociais estão cada vez mais relacionados com adquirir bens e serviços. (EDUARDO PEGIRIER, p. 144). O amadurecimento das organizações resultara em empresas com marketing voltado as questões sociais e ao ser humano, essas porem serão chamadas de SBE (Social Buiseness Eterprises ) ou empresas de negócios sociais. Os novos empreendedores deveram ter grande conhecimento em ações de marketing, principalmente ações inovadores sustentáveis que precisam desempenhar papel importante em seus envolvimentos garantindo desta forma que a empresa receba créditos adequados por suas iniciativas, afirma Kotler.
c-) Área de Recursos Humanos: precisa ter um comportamento ético e comprometido com os colaboradores, principalmente no que se refere à incorporação da diversidade como valor organizacional, (não discriminando na contratação; salário equitativo para homens e mulheres; orientação quanto ao planejamento financeiro do funcionário; checapes de saúde periódicas;estímulo à pratica esportiva e apoio educacional).
d-) Área de Produção: a principal causadora de grande impacto, deve preocupar-se em consumir menos energia, reciclar água por quantidade de produto fabricado, recuperar os gases e emissões de CO2 gerados pelas atividades industrias, reciclar o lixo seletivo e resíduos sólidos,e garantir a manutenção das condições de higiene e segurança trabalhista garantidas por lei.
e-) Área de Finanças: contribui dando a responsabilidade socioambiental ,consistência no progresso da empresa, ao publicar o balaço social; ter sua situação econômica – financeira auditadas em veículos de mídia; criar um programa de colaboradores nos resultados e disponibilizar informações financeiras da empresa aos funcionários.
Por Douglas de Souza