Setores da Globo já esperavam por algo
parecido. Tentaram convencer a autora Glória Perez a mudar o nome de sua
novela, mas foram voto vencido. Temiam que evangélicos e católicos
implicassem com “Salve Jorge”.
Estes últimos ficaram quietinhos, mas os
primeiros não perderam a oportunidade de fazer barulho. No início desta
semana, uma campanha viral conclamou os fiéis das igrejas
neopentecostais a rejeitar a trama global, que trataria de um “ogum
espiritista” (sic), e que em seu lugar assistissem à reprise da
minissérie bíblica “Rei Davi” na Record.
O blog do bispo Edir Macedo, líder da
Igreja Universal do Reino de Deus (controladora da Record) chegou a
publicar um texto assinado por Vanessa Lampert, que alega que São Jorge
sequer teria existido: seria uma lenda de origem babilônica encampada
pela Igreja Católica.
Ela se esquece de que não há provas
arqueológicas nem documentais da existência física do Rei Davi: ele só é
mencionado no Antigo Testamento. Mas o que importa é inflamar o
autodenominado “povo de Deus”.
O boicote proposto foi um dos assuntos
mais comentados na internet, despertando paixões pró e contra. É claro
que todo mundo tem o direito de boicotar o que quiser, por qualquer
razão que seja. Ainda somos um país livre.
Fonte: F5