Encotre Aqui!

5 de maio de 2012

Band: 75 Anos da Velha (e agora) Boa Emissora de TV e Canal de Comunicação do Brasil


Por Igor Ribeiro
No dia 6 de maio de 1937 surgia a antiga Sociedade Bandeirante de Radiodifusão. Setenta e cinco anos depois, o Grupo Bandeirantes atinge maturidade e tradição no mercado, aliadas a um modelo de negócios diversificado e inovador, com mais de 30 empresas na área de televisão, rádio, impresso, digital, mobile e eventos.


A data marca o começo da operação do emissora embrionária do grupo, ainda que a atual gestão sob a família Saad tenha começado apenas 11 anos depois, em 1948, quando o patriarca João Jorge Saad recebeu a rádio do ex-governador paulista e seu sogro Adhemar de Barros. O filho, João Carlos — o Johny Saad –, herdou não só a presidência como também a personalidade empreendedora do pai, que morreu em 1999. A segunda geração consolidou o crescimento da Band até o ponto de considerar-se, hoje, o maior grupo de comunicação multimídia do Brasil. É difícil comprovar se esse título possui validade prática diante de concorrentes tão arrojados e de um mercado dinâmico e pulsante. Mas é fato que a empresa vem crescendo exponencialmente e se imposto como um conglomerado dos mais respeitáveis no País.  

Johny Saad, hoje: diversificação de plataformas
Johny assumiu uma companhia deficitária e, em dez anos, sextuplicou o faturamento e dobrou o número de funcionários — emprega 5,4 mil pessoas atualmente. Só em 2011, o grupo investiu R$ 217 milhões e faturou R$ 1,4 bilhão, crescimento de 15% em relação ao ano anterior. São mais de 30 marcas que falam com cerca de 88 milhões de brasileiros (leia sobre as diferentes unidades de negócio na galeria abaixo).

A empresa vai comemorar o aniversário reforçando a polaridade multimídia. Após a realização da etapa brasileira de Fórmula Indy, no último final de semana —, organizada pela Enter, braço produtor de eventos do grupo —, a Band apresenta oficialmente ao mercado a Bradesco Esportes FM, formato de radiojornalismo em rede inédito no País, dedicado 24 horas à cobertura de esportes. “O momento não poderia ser mais adequado, a emissora surge às vésperas de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016”, explica Walter Vieira Ceneviva, vice-presidente executivo. “O Grupo Bandeirantes tem se firmado como um produtor de conteúdo em plataforma multimídia e, nesse sentido, principalmente com a chegada de novas tecnologias, o leque de oportunidades é muito grande”, diz. A rádio começa neste mês em cinco mercados: Rio de Janeiro (no dia 15 de maio); São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife (17 de maio). 


Além da nova rede, as ações de comunicação realizadas pela Band em 2012 serão chanceladas por um selo comemorativo. Ceneviva adianta que preparam “uma campanha de posicionamento e algumas ações de endomarketing. A nova torre da Band, na região da avenida Paulista — que desde o ano passado tem ‘conversado’ com a cidade irradiando um show de cores diferentes em momentos especiais —, também fará parte dessa comemoração”. A torre a que se refere não é, na verdade, tão nova assim: já existe há16 anos. 

Era motivo de orgulho pessoal para Saad não só por se tratar da maior do gênero da América Latina, com 210 metros de altura, mas também por ser uma resposta a uma desfeita de Roberto Marinho, que se recusou em ceder espaço à Band na torre que a Globo já possuía naquela área. Novidade mesmo é a iluminação de 30 mil leds inaugurada no ano passado, cujo sistema produz desenhos coloridos com menção a efemérides e a eventos especiais.

A festa dos 75 anos guarda novidades, principalmente nos negócios, que já contam com investimentos capitaneados do grupo. Além das TVs aberta e paga, que devem prover bastante espaço aos Jogos Olímpicos de Londres e às eleições municipais, também merecem atenção os produtos digitais e o jornal Metro. Do primeiro grupo, destaca-se a empresa de mídia out-of-home da Band, a Outernet, que, com menos de quatro anos de vida, já administra sete marcas, que chegam a 11 cidades, atingem a cerca de dez milhões de pessoas, com planos ambiciosos de expansão. No caso do impresso, as redações de Brasília e Salvador estão prestes a funcionar. E representam o sintomático sucesso comercial que o Metro apresentou no Brasil (e no mundo). “Estamos bastante satisfeitos com o desempenho do jornal, um formato de mídia gratuita que cresceu muito em pouco tempo de atuação no País”, analisa Ceneviva. “Conseguimos unir qualidade editorial com eficiência promocional, o que atendeu a uma demanda dos anunciantes.”

Tamanha evolução exige investimento diverso. Tecnologia e recursos humanos não causam problemas para o grupo, mas a questão do espaço começa a se tornar um empecilho, especialmente na sede, construída nos anos 1960 para receber uma modesta estrutura destinada a algumas rádios e a alguns estúdios de TV. “O projeto da nova sede é amplo, contemplando 43 mil metros quadrados. Mas ainda está em fase de aprovação”, diz o vice-presidente.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário