A Record emitiu nesta sexta-feira (2) um comunicado para a imprensa,
diante dos comentários do executivo da Globo Esportes Marcelo Campos
Pinto. Nesta semana, a Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado)
decidiu seguir parceria com a Globo na transmissão da Copa do Mundo em
2018 e 2022.
O caso gerou discussão, pois a renovação se deu sem licitação para a concorrência. O executivo da Globo justificou a renovação para o portal UOL, dizendo que “A Globo está mil anos-luz à frente da Record”.
O caso gerou discussão, pois a renovação se deu sem licitação para a concorrência. O executivo da Globo justificou a renovação para o portal UOL, dizendo que “A Globo está mil anos-luz à frente da Record”.
Diante de tais declarações, o vice-presidente de Programação da Rede
Record, Honorilton Gonçalves, emitiu comunicado ressaltando a
importância do telespectador e acusando a Globo de tratar o assunto com
“orgulho e arrogância”.
Leia o comunicado na íntegra:
“Diante das afirmações do Sr. Marcelo diretor da Globo ao UOL, é necessário esclarecer:
Como um diretor da Globo pode falar desta maneira trabalhando numa
emissora que perde audiência todos os anos? O orgulho e a arrogância não
permitem perceber a realidade provada pelos institutos de pesquisa: os
brasileiros estão cada vez mais em busca de novas opções na televisão. E
a Record simplesmente se propõe a ser uma delas.
Há cinco anos a Globo tinha 15 pontos de audiência a mais que a Record
na média do dia na Grande São Paulo. Hoje, a diferença despencou para 7
pontos, como mostram os números consolidados de fevereiro. Curioso,
aliás, este diretor usar de tanta soberba justamente quando a Globo
registra o pior fevereiro, em audiência, de toda a sua história.
Nas transmissões esportivas, das quais o diretor da Globo fala com tanta
prepotência, a situação é ainda mais grave. Entre os anos de Copas do
Mundo de 2002 até 2010, por exemplo, os jogos da seleção caíram em
audiência 29%, ou seja, um em cada três telespectadores abandonaram a
suposta qualidade da Globo para assistir aos jogos do Brasil por outros
caminhos.
No tratamento dos Jogos Pan-Americanos, a mesma arrogância: a Globo
ignorou o evento durante vários anos seguidos. Em 2003, a emissora
transmitiu inacreditáveis 29 minutos do Pan de Santo Domingo. Ano
passado, em Guadalajara, a Record exibiu 140 horas de eventos da segunda
mais importante competição olímpica mundial. E apesar das dificuldades
enfrentadas com a qualidade do sinal internacional de transmissão,
lideramos a audiência em vários jogos, competições e em diversas
capitais brasileiras.
O que os diretores da Globo não entendem, ou não querem entender, é que o
telespectador é o grande responsável por estas novas escolhas.
Arrogância típica de quem não tolera concorrência, como aconteceu esta
semana nas sombrias negociações pelos direitos das Copas de 2018 e 22.
No Comitê Olímpico Internacional é diferente. Houve uma licitação para
os Jogos Olímpicos de 2016 e, ao contrário do que tenta sugerir o
referido funcionário da Globo, a Record conquistou os direitos para
televisão aberta assim como a sociedade Globo-Bandeirantes também. Na
mesma disputa e ao mesmo tempo foram proclamados os resultados, sem
privilégios ou prioridades.
Honorilton Gonçalves, vice-presidente de Programação - Rede Record”
Fonte: Rede Record