Nos últimos sete anos, o setor imobiliário assiste a uma corrida para saber quem constroi o prédio mais alto do mundo. A largada foi dada em 2004, com a inauguração do Taipei 101, de Taiwan, com 509 metros de altura. Ele foi suplantado pelo Burj Khalifa, de Dubai, inaugurado em 2010, com vertiginosos 826 metros. O One World Trade Center (One WTC), que está sendo erguido no terreno ocupado pelas Torres Gêmeas, em Nova York, derrubadas por ataque terrorista no dia 11 de setembro de 2001, será o terceiro maior edifício do planeta, com 541 metros de altura, quando ficar pronto em 2013.
Mas, em pelo menos um quesito, ele estará no topo do mundo: será o arranha-céu mais caro do planeta, construído ao preço de US$ 3,8 bilhões, segundo fontes citadas pelo jornal econômico americano The Wall Street Journal. Seu custo é mais de duas vezes superior ao do Taipei 101, que consumiu US$ 1,7 bilhão e até aqui era considerado o mais valioso. Os gastos astronômicos do One WTC, que é um dos quatro edifícios do novo complexo, podem ser atribuídos à obsessão americana pela segurança. O prédio foi projetado para ser praticamente a prova de atentados. O arranha-céu conta com um conjunto de elevadores construídos dentro de estruturas de concreto com aço. A torre tem uma estrutura reforçada, unificada desde suas fundações.
Com isso, mesmo grandes impactos, como os dos aviões dos terroristas da Al-Qaeda, não o fariam desabar. Os construtores pensaram até em formas para evitar ataques químicos. O sistema de ar-condicionado possui filtros biológicos. Com isso, o orçamento, inicialmente previsto em US$ 2 bilhões, estourou em quase 100%. O alto custo da obra deverá ser um limitador de sua rentabilidade, o que aparentemente já está absorvido pelos incorporadores. Sua construção, além dos aspectos comerciais, tem um forte simbolismo, como uma demonstração da capacidade de recuperação da cidade diante da tragédia, que vitimou cerca de três mil pessoas. “É um recado político para o mundo”, disse Robert Yaro, presidente da Regional Plan Association.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
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