Face do satélite nunca pode ser vista da Terra, mas os cientistas da NASA conseguiram imagens inéditas.
A NASA enviou seus dois satélites gêmeos GRAIL até a órbita da Lua para mostrar imagens inéditas. Pela primeira vez, foi possível capturar um vídeo do “lado escuro da Lua” – também conhecido como "lado negro" ou "lado oculto". Trata-se da face lunar que não pode ser vista a partir da Terra – devido ao fato de os movimentos de rotação e translação do satélite respeitarem os mesmos intervalos de tempo.
Atingida por um incontável número de asteroides e outros corpos celestes, o lado oculto é muito acidentado – até mais do que a face que conseguimos enxergar da Terra. Astronautas e cosmonautas já haviam tirado fotografias da região, mas esta é a primeira vez que um vídeo consegue ser gravado para mostrar a face negra da Lua.
Nota: segundo alguns astrônomos, apesar de ser conhecido como o "lado escuro", esta face lunar recebe luz do sol quando está na fase Nova. Por essa razão, é mais correto chamá-la de "lado oculto".
Mistério da Lua
Apesar de trazer muito magma em seu núcleo, a Lua não possui vulcões. Saiba a razão deste fenômeno.
Já foi constatado que a Lua possui magma em seu interior, mas o que não se sabia era a razão de não haver vulcões no nosso satélite natural, assim como acontece na Terra.
Pesquisadores da ESRF (European Synchrotron Radiation Facility) podem ter chegado a uma conclusão, com a ajuda do nosso conhecido (e poderoso) raio-x.
Segundo o IO9, os estudiosos analisaram algumas rochas trazidas da missão Apollo, criando assim cópias artificiais idênticas à Lua, em uma escala microscópica.
A seguir, eles derreteram estas rochas, fazendo com que as condições de pressão e temperatura (45.000 bar e 1600 graus Celsius) ficassem iguais às encontradas no núcleo do satélite.
Os pesquisadores, então, usaram um potente raio-x para analisar os resultados, determinando a densidade das rochas no manto lunar.
As simulações feitas pelo computador sugerem que boa parte do magma da Lua é menos denso do que o que há ao seu redor, o que significa que deveria subir para a superfície assim como acontece no nosso planeta.
Entretanto, existe uma exceção crucial: as rochas ricas em vidro de titânio, trazidas na expedição. Elas produzem um magma líquido tão denso que não consegue chegar à superfície, portanto, que continua no interior da Lua, o que explica a falta das precipitações na superfície.
Entretanto, em um futuro muito distante, o magma pode conseguir finalmente alcançar a superfície, formando também ali um vulcão, afirmam os cientistas.
Fonte: tecmundo