'Não podemos deixar que leis mal concebidas atrapalhem a internet'
Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, incentivou,
nesta quarta-feira, seus concidadãos a entrar em contato com representantes e
se manifestar contra os projetos de lei antipirataria Sopa (Stop Online Piracy
Act) e Pipa (Protect IP Act). Ambos estão em discussão no Congresso dos Estados
Unidos.
Entenda o caso
• De acordo com os projetos de lei americanos, devem ser bloqueados nos
EUA sites estrangeiros que abrigam conteúdos que infrinjam as leis de direitos
autorais – como cópias ilegais de vídeos, músicas e fotos
• O bloqueio deve ser feito inclusive por serviços de busca, como o
Google, e de pagamento eletrônico, como o PayPal. A publicidade nos sites
estrangeiros infratores também deve ser cancelada
• Wikipedia, Google, Twitter, Facebook e Amazon se opõem ao projeto:
eles alegam que o Sopa e o Pipa podem introduzir na rede censura e entraves à
inovação
• Casa Branca: o governo americano defende o respeito aos direitos
autorais, mas também diz que o Sopa e o Pipa podem prejudicar a liberdade de
expressão e a inovação
• O projeto de lei conta com o apoio da indústria de
entretenimento (estúdios de cinema, gravadoras, conglomerados de mídia), que
acusa os sites de violar direitos autorais e exibir ilegalmente seus conteúdos
Em post em seu perfil no próprio Facebook, Zuckerberg argumentou que a internet é
a ferramenta mais poderosa para criar um mundo mais aberto e conectado.
"Não podemos deixar que leis mal concebidas atrapalhem o desenvolvimento
da internet."
O CEO defendeu ainda que o mundo precisa de líderes
políticos pró-internet e que o Facebook vem trabalhando com tais pessoas há
meses para criar alternativas melhores aos projetos apresentados.
"Encorajo-os a aprender mais sobre essas questões e dizer a seus
congressistas que você quer que eles sejam pró-internet", concluiu.
Mais de 160.000 pessoas curtiram o post nos 40 minutos
que sucederam a publicação. O texto contém um link para uma página do Facebook que
explica o posicionamento da rede social e que explica como os internautas podem
se mobilizar em torno da questão.
De Sua Opinião a Respeito Sobre o Que Você Acha.
Fonte:http://veja.abril.com.br