Segundo a economista Diana Grosner, diretora da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do governo federal, 22% da população brasileira possui renda familiar per capita mensal entre R$ 291 e R$ 441.
Ou seja: embora a classe média tenha crescido significativamente na última década, boa parte dessa parcela da população ainda vive no limiar da pobreza. Esse grupo permanece vulnerável a choques econômicos, que podem empurrá-lo novamente para o segmento dos mais pobres.
Por conta disso, de acordo com Diana, a inflação e o endividamento representam riscos importantes para a nova classe média brasileira. Outra ameaça é o avanço da produtividade em ritmo muito menor que o dos salários, que pode levar a aumento dos preços e ondas de demissões.
Especialistas também apontam que políticas de transferência de renda são fundamentais para o aumento de uma nova classe consumidora, não só no Brasil, mas em toda a América Latina. Segundo Sonia Bueno, presidente-executiva da Kantar Worldpanel para a região, 22% da população em 15 países latino-americanos recebem algum benefício do governo. "Esse dinheiro acaba em boa parte sendo convertido em consumo", conclui.
Fonte: Supermercado Moderno
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