A Polícia Militar divulgou na manhã desta quinta-feira (15) o balanço
da operação deflagrada desde o início dos atentados em Santa Catarina,
na noite de segunda-feira (12). Até às 14h deste terceiro dia de ataques
a ônibus, carros e bases da polícia, foram presas 31 pessoas.
Outros 58 suspeitos de envolvimento nas ações criminosas foram
identificadas pela Agência de Inteligência das polícias catarinenses. As
prisões foram realizadas nas cidades de Florianópolis, Blumenau,
Itajaí, Palhoça e Balneário Camboriú. A Capital teve o maior número de
registros de detidos encaminhados às delegacias (12).
Entre segunda-feira e a manhã desta quinta-feira, a tensão se
espalhou pelo Estado com o registro de 17 ônibus incendiados. A onda de
violência atingiu pelo menos dez cidades de Santa Catarina –
Florianópolis, São José, Palhoça, Tijucas, Gaspar, Navegantes, Itajaí,
Blumenau, Criciúma e Balneário Camboriú.
O reforço de 20% do policiamento nas cidades onde aconteceram ataques
não minimizou a sensação de insegurança nas ruas, principalmente quando
começa a anoitecer. Para quem depende de ônibus, o clima de terror tem
sido ainda maior. Segundo a Polícia Militar, as escoltas aos coletivos na Capital permanecem até segunda ordem – 19 linhas estão sendo escoltadas, numa média de 45 escoltas por turno.
Pelo menos 36 atos de terrorismo em dez cidades
Nestes três dias de atentados em série, o balanço da PM aponta para
63 operações. Porém, mesmo com a força-tarefa, os criminosos continuam
ousando e na manhã desta quinta-feira mais um ônibus foi incendiado em Itajaí,
no Vale catarinense. No total, foram pelo menos 36 atos de terrorismo
por Santa Catarina, sendo que seis foram de tiros disparados contra
delegacias e postos de polícia.
Outros dados da PMSC indicam que desde o início da onda de ataques,
automóveis também foram alvo de ações incendiárias, 11 ao todo – duas
viaturas, um carro de um policial e os demais veículos de particulares. As ordens para os atentados partiram do presídio de São Pedro de Alcântara, comprovando a existência de grupo organizado nas cadeias catarinenses.
Informações do portal RIC Mais SC