Ethan Imboden busca fazer com que as pessoas encarem os sextoys com mais naturalidade.
De acordo com a notícia publicada no jornal inglês Daily Mail, Imboden declarou ao The Atlantic que as pessoas que compram vibradores são as mesmas que investem em telefones de última geração e gadgets com design requintado – ou seja, são consumidores de luxo. O empresário também revelou que, segundo as informações da JimmyJane, homens e mulheres compram vibradores em quantidades iguais e isso ocorre em todas as faixas etárias.
Depois da liberdade com que as quatro amigas conversavam sobre sexo na série Sex and the City, falar sobre o assunto ficou um pouco mais fácil. Contudo, não temos como afirmar que entramos em um sexshop com a mesma naturalidade com que vamos ao supermercado. Mais difícil ainda é escolher um vibrador como se estivéssemos apenas decidindo qual shampoo funciona melhor com o nosso tipo de cabelo.
Pensando nessas questões, o empresário Ethan Imboden acredita que existe uma maneira de fazer com que as pessoas se sintam menos reprimidas e possam passar a escolher seus vibradores e outros sextoys sem se sentirem reprimidas.
Fundador e proprietário da empresa de artigos eróticos JimmyJane, Imboden aposta no design para atrair seus clientes. Em uma matéria para o site The Atlantic, o empresário disse que teve a ideia de criar objetos mais agradáveis quando, dez anos atrás, visitava uma feira de produtos eróticos e se deparou com acessórios que eram explícitos demais. “Eu entendi que estava diante da única categoria de produtos que ainda precisava receber um toque de design”, explica Imboden.
Desde então, o objetivo do designer é criar produtos que mudem a percepção dos consumidores para que eles possam comprar os itens com a mesma naturalidade com que comprariam qualquer outro eletrônico.

O jornalista Andy Isaacson, do The Atlantic, declara que “o conceito da JimmyJane é pressupor um mundo em que não existam hesitações em torno dos sextoys. Sobre isso, o empresário comenta: “Colocar esses produtos em um contexto familiar tem um efeito normalizador e comparar um vibrador a qualquer outro acessório pessoal que podemos guardar em uma nécessaire ao lado de um iPad muda a percepção das pessoas sobre o lugar que esses objetos devem ter nas suas vidas.”
Tudo indica que a visão vanguardista de Ethan Imboden está trazendo resultados positivos. Prova disso é o fato de que seus produtos já são comercializados normalmente dentro de grandes lojas, como a famosa Selfridges.
O Daily Mail ainda indica que outras empresas que estão descobrindo o caminho – assim como Steve Jobs enxergou o futuro de iPads e iPhones – e consideram que o futuro dos vibradores nos próximos anos depende de que o objeto deixe de ser considerado um tabu entre as pessoas.
Imboden disse que no momento está trabalhando em produtos que vão “alterar fundamentalmente a maneira com que interagimos com eles”, como sensores acoplados em peças de vestuário ou até mesmo braceletes que funcionam de acordo com o batimento cardíaco, a pressão sanguínea ou as alterações da pele. Aparelhos que permitam a comunicação entre os parceiros também estão entre as opções cogitadas, o que mostra que o mercado vem amadurecendo e tem tudo para crescer.
Fonte: uol