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24 de maio de 2012

Designer de vibradores promete quebrar o tabu dos acessórios

Ethan Imboden busca fazer com que as pessoas encarem os sextoys com mais naturalidade.

Depois da liberdade com que as quatro amigas conversavam sobre sexo na série Sex and the City, falar sobre o assunto ficou um pouco mais fácil. Contudo, não temos como afirmar que entramos em um sexshop com a mesma naturalidade com que vamos ao supermercado. Mais difícil ainda é escolher um vibrador como se estivéssemos apenas decidindo qual shampoo funciona melhor com o nosso tipo de cabelo.
Pensando nessas questões, o empresário Ethan Imboden acredita que existe uma maneira de fazer com que as pessoas se sintam menos reprimidas e possam passar a escolher seus vibradores e outros sextoys sem se sentirem reprimidas.
Fundador e proprietário da empresa de artigos eróticos JimmyJane, Imboden aposta no design para atrair seus clientes. Em uma matéria para o site The Atlantic, o empresário disse que teve a ideia de criar objetos mais agradáveis quando, dez anos atrás, visitava uma feira de produtos eróticos e se deparou com acessórios que eram explícitos demais. “Eu entendi que estava diante da única categoria de produtos que ainda precisava receber um toque de design”, explica Imboden.
Desde então, o objetivo do designer é criar produtos que mudem a percepção dos consumidores para que eles possam comprar os itens com a mesma naturalidade com que comprariam qualquer outro eletrônico.
De acordo com a notícia publicada no jornal inglês Daily Mail, Imboden declarou ao The Atlantic que as pessoas que compram vibradores são as mesmas que investem em telefones de última geração e gadgets com design requintado – ou seja, são consumidores de luxo. O empresário também revelou que, segundo as informações da JimmyJane, homens e mulheres compram vibradores em quantidades iguais e isso ocorre em todas as faixas etárias.
O jornalista Andy Isaacson, do The Atlantic, declara que “o conceito da JimmyJane é pressupor um mundo em que não existam hesitações em torno dos sextoys. Sobre isso, o empresário comenta: “Colocar esses produtos em um contexto familiar tem um efeito normalizador e comparar um vibrador a qualquer outro acessório pessoal que podemos guardar em uma nécessaire ao lado de um iPad muda a percepção das pessoas sobre o lugar que esses objetos devem ter nas suas vidas.”
Tudo indica que a visão vanguardista de Ethan Imboden está trazendo resultados positivos. Prova disso é o fato de que seus produtos já são comercializados normalmente dentro de grandes lojas, como a famosa Selfridges.
O Daily Mail ainda indica que outras empresas que estão descobrindo o caminho – assim como Steve Jobs enxergou o futuro de iPads e iPhones – e consideram que o futuro dos vibradores nos próximos anos depende de que o objeto deixe de ser considerado um tabu entre as pessoas.
Imboden disse que no momento está trabalhando em produtos que vão “alterar fundamentalmente a maneira com que interagimos com eles”, como sensores acoplados em peças de vestuário ou até mesmo braceletes que funcionam de acordo com o batimento cardíaco, a pressão sanguínea ou as alterações da pele. Aparelhos que permitam a comunicação entre os parceiros também estão entre as opções cogitadas, o que mostra que o mercado vem amadurecendo e tem tudo para crescer.
Fonte: uol


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