Mais cedo, por volta das 9h, os agentes haviam encontrado o corpo de um homem e, 30 minutos depois, o corpo de uma mulher. Os trabalhos continuam e cerca de 16 pessoas estão desaparecidas. Dos cinco feridos que deram entrada no Hospital Souza Aguiar, dois já receberam alta e ninguém está em estado grave. Um sexta vítima deu entrada no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte, e foi liberada em menos de uma hora.
Máscaras de proteção contra inalação de poeira se esgotaram rapidamente nas farmácias próximas aos três prédios que desabaram. Ao menos cinco estabelecimentos informaram que a procura pelas máscaras começou durante a noite e, nas primeiras horas da manhã, elas já tinham acabado.
Elaine Dias, funcionária de uma lanchonete no largo da Carioca, disse que está com dificuldade de respirar.
- A poeira está entrando aqui na loja. Já está tudo sujo e a gente não para de tossir. O olho já começa a arder também. Trabalhar até o final do dia assim vai ser difícil.
O motivo da poeira é a remoção dos escombros. Agentes da Defesa Civil e dos bombeiros procuram vítimas e trabalham desde a madrugada com tratores e escavadeiras no local. O Corpo de Bombeiros também utiliza jatos d'água para apagar possíveis focos de incêndio e amenizar a poeira que os tratores levantam com a retirada de entulhos.
Sem registro desde 2008
O presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Luiz Antonio Cosenza, disse que o último registro de obras nos prédios que desabaram é de 2008. Com isso, segundo ele, a suspeita é de que as duas obras que ocorriam em um dos três edifícios (no terceiro andar e no nono andar) não estivessem legalizadas. O órgão se comprometeu a investigar.
- Nossos registros dão conta de que as últimas obras legalizadas foram em 2008. Agora teremos que investigar se elas não foram comunicadas ao órgão ou se, por algum motivo, o registro não aparece no sistema. De qualquer forma, em uma primeira avaliação, aparentemente, a tragédia não foi causada por problema de manutenção.
Cosenza disse ainda que vai "procurar os responsáveis para saber de que tipo eram as obras".
- Se foram obras estruturais, podem ter ou não influência no desabamento.
Para o engenheiro, o desmoronamento foi uma surpresa, pois, apesar de antigos, os prédios da região têm uma estrutura mais sólida do que as construções mais modernas.
Entenda o caso
Três prédios de aproximadamente 18, 10 e 4 andares desabaram pouco depois das 20h de quarta-feira (25), na avenida 13 de Maio, região da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Houve pânico e correria. Momentos depois, cinco pessoas foram resgatadas dos escombros e tiveram ferimentos leves. Bombeiros continuam as buscas por desaparecidos. Um posto de informações para familiares de eventuais vítimas funciona na Câmara dos Vereadores.
As causas da tragédia estão sendo investigadas. O prefeito Eduardo Paes, assim como alguns especialistas, minimizou a possibilidade de explosão. De acordo com avaliações preliminares de técnicos que trabalham no local, as causas teriam ligação com problemas estruturais.
Desde as 6h desta quinta-feira estão interditados os seguintes trechos: avenida 13 de Maio, avenida Almirante Barroso entre avenida Rio Branco e a rua Senador Dantas. Esta está com mão invertida entre a avenida Almirante Barroso e a rua Evaristo da Veiga. Veículos procedentes da Cruz Vermelha e da avenida República do Chile devem seguir pela Senador Dantas. A prefeitura pede que a população evite o local para facilitar a atuação das equipes.
Fonte: R7
O presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Luiz Antonio Cosenza, disse que o último registro de obras nos prédios que desabaram é de 2008. Com isso, segundo ele, a suspeita é de que as duas obras que ocorriam em um dos três edifícios (no terceiro andar e no nono andar) não estivessem legalizadas. O órgão se comprometeu a investigar.
- Nossos registros dão conta de que as últimas obras legalizadas foram em 2008. Agora teremos que investigar se elas não foram comunicadas ao órgão ou se, por algum motivo, o registro não aparece no sistema. De qualquer forma, em uma primeira avaliação, aparentemente, a tragédia não foi causada por problema de manutenção.
Cosenza disse ainda que vai "procurar os responsáveis para saber de que tipo eram as obras".
- Se foram obras estruturais, podem ter ou não influência no desabamento.
Para o engenheiro, o desmoronamento foi uma surpresa, pois, apesar de antigos, os prédios da região têm uma estrutura mais sólida do que as construções mais modernas.
Entenda o caso
Três prédios de aproximadamente 18, 10 e 4 andares desabaram pouco depois das 20h de quarta-feira (25), na avenida 13 de Maio, região da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Houve pânico e correria. Momentos depois, cinco pessoas foram resgatadas dos escombros e tiveram ferimentos leves. Bombeiros continuam as buscas por desaparecidos. Um posto de informações para familiares de eventuais vítimas funciona na Câmara dos Vereadores.
As causas da tragédia estão sendo investigadas. O prefeito Eduardo Paes, assim como alguns especialistas, minimizou a possibilidade de explosão. De acordo com avaliações preliminares de técnicos que trabalham no local, as causas teriam ligação com problemas estruturais.
Desde as 6h desta quinta-feira estão interditados os seguintes trechos: avenida 13 de Maio, avenida Almirante Barroso entre avenida Rio Branco e a rua Senador Dantas. Esta está com mão invertida entre a avenida Almirante Barroso e a rua Evaristo da Veiga. Veículos procedentes da Cruz Vermelha e da avenida República do Chile devem seguir pela Senador Dantas. A prefeitura pede que a população evite o local para facilitar a atuação das equipes.
Fonte: R7